Nosso objetivo é compatilhar ideias que fomentem aprendizagem na área da Matemática com foco no Pedagógico. Sejam bem vindos ao nosso blog.
Equipe do (RE)Significando.

Nosso Memorial Matemático

Nesta página estamos disponibilizando nossas memórias sobre a trajetória da Matemática em nossas vidas,são as narrativas que produzimos para a disciplina Formação de Professores de Matemática em nosso curso.
E na sua vida como foi? Como é?

Desde que me entendo por gente, sempre gostei de matemática. Ao contrario da maioria dos meus colegas de classe a matemática não era pra mim, um bicho de sete cabeças.
Era da matemática, as minhas melhores notas na escola.
Faxinando meu armário, na semana passada, encontrei em uma pasta velha, alguns boletins escolares do ensino fundamental e lá estavam registrados: na área de linguagem não saia do mínimo, mas nas exatas, os conceitos eram sempre os melhores.
Nos anos iniciais, de minha formação escolar, não foi a matemática a vilã, mas a metodologia tradicional adotada pelos professores, bem como seu autoritarismo. Também passei pelo método de decorar a tabuada com base no “medo da Palmatória”. Mas como eu não tinha grandes dificuldades, nunca tomei um “bolo”.
Dentre os professores que passaram por minha formação matemática, destaca-se um em especial: minha mãe. Foi ela a minha professora, da 6ª a 8ª série. Era uma grande responsabilidade. Já pensou que ironia, a filha da professora não se “dar bem” na matéria lecionada pela mãe. Mas felizmente, três coisas me favoreceram, o gostar da matéria, a relativa facilidade em compreendê-la e a ética de minha mãe.
Recordo-me dos colegas dizendo: você tem acesso às questões da prova! Mas, isso nunca aconteceu. Minha mãe não facilitava nada pra mim, ao contrario, me cobrava mais do que aos outros, e eu tinha por conseqüência uma responsabilidade maior que a de meus colegas.
Não era uma cobrança competitiva, mas eu percebia em suas ações a lição que ela queria me transmitir: “filha você aqui, é igual aos outros, é aluna, mas também é a filha da professora de matemática, então, mostremos que é possível fazer o que deve ser feito, manter nossa integridade e conquistar as coisas com mérito próprio”.
Pelas lições da matéria mais temida pelos alunos e principalmente pela formação humana, eu não poderia ter tido melhor mestre...
Seguindo minha trajetória, eis que chega o ensino médio. Optei por formação em magistério, e nesta época o currículo era estruturado especificamente para a clientela que iríamos atuar, ou seja, a matemática de 1ª a 4ª série do ensino fundamental. Assim não tive a oportunidade de avançar meus conhecimentos nesta área.
Terminando o curso médio em 1995, fiz vestibular para Pedagogia no final do mesmo ano. Fui aprovada, e no inicio de 1996, comecei a cursar Pedagogia, no campus IX da UNEB, em Barreiras. No currículo do ensino superior em pedagogia, a matemática também estava mais focada no curso, vimos apenas “Estatística aplicada a educação”.
Conclui o curso de pedagogia, no ano 2000 e atuo desde então mais na área de humanas...
Contudo o desejo de uma formação mais específica e simpatia pela matemática, me fizeram prestar em 2005, mais um vestibular, novamente na UNEB de Barreiras, fui aprovada, mas acabei não me matriculando, pois estava casada, com emprego fixo, e grávida do meu segundo filho, fatores esses que adiaram meus planos.
Com o curso de graduação UNEB EAD-UAB, pude vislumbrar novamente, a realização de um sonho. E hoje estou eu aqui, em minha cidade ao lado dos meus filhos, trabalhando em quatro lugares diferentes, tentando dar conta do recado, cheia de expectativas, cursando Matemática.


                                                                     Helga Alípia Seabra da Silva